GRAÇA DOS SANTOS

Graça Santos é uma daquelas forças cujo legado é essencial para a utopia de um país igualitário e justo.

Como milhares de nordestinos que viram na construção da nova capital da República uma oportunidade de um futuro melhor, a piauiense de Floriano veio ainda pequena para o Planalto Central. Aqui, passou no concurso público do Banco do Brasil e se graduou em Psicologia pela Universidade de Brasília (UnB).

Foi em meados dos anos 1970 que ela entrou para a militância social. Em 1977, passou a integrar o Movimento Negro e segue, desde então, na luta pela valorização e fortalecimento da identidade negra no Brasil.

Graça é peça-chave em várias conquistas importantes para a população afrodescendente de Brasília, como a fundação da primeira entidade negra do DF, em 1978: o Centro de Estudos Afro-Brasileiros (Ceab).

Em 1986 — quando a sociedade se mobiliza para a elaboração da nova Constituição Federal, após décadas de ditadura —, Santos foi coordenadora da Convenção Negra, responsável pelo documento final que incluiu a criminalização do racismo na Carta Magna.

Em 1992, ela inaugurou o primeiro salão afro de Brasília, um espaço que alia o atendimento estético à valorização da autoestima e à formação de profissionais especializados em cabelos crespos. São mais de três décadas provando que a beleza é negra!

Atualmente, Graça faz parte da Frente de Mulheres Negras do DF. Em 2024, foi uma das fundadoras do primeiro Clube Social Negro de Brasília.

RÊNIO QUINTAS

Carioca, Rênio Quintas mora em Brasília desde a infância, com breves intervalos de trabalho no Rio de Janeiro, São Paulo, Nova York (EUA), Buenos Aires e Paris. Na década de 1980, criou alguns dos mais prestigiados grupos instrumentais da capital da República: o Artimanha, ao lado do grande e saudoso guitarrista Toninho Maya — com quem acompanhou Cássia Eller, Zélia Duncan e Adriano Faquini —, e o grupo Naipe, com o violonista Fernando Corbal, com quem estreou seu primeiro disco, Grupo Naipe – 1991 (CD), apresentado no programa Jô Soares Onze e Meia, em 1992. Em 2000, Quintas lançou seu segundo CD, As Canções, com participação especial de Célia Porto.

Atualmente, ele é produtor e diretor musical de Célia Porto e mantém seu trabalho com o Rênio Quintas Trio. Maestro de formação, estudou composição e regência sob a orientação do maestro Cláudio Santoro. É também pianista, compositor, arranjador e criador de trilhas sonoras para cinema, rádio e televisão.

Rênio idealizou, executou e produziu, por 11 anos consecutivos, o Festival de Música Instrumental e Arte Popular de Cavalcante, na Chapada dos Veadeiros (GO). Hoje, o músico é diretor-geral do projeto I’ll Be There.

O instrumentista também é idealizador e produtor do festival em homenagem ao saudoso Toninho Maya. Quintas dirige e coordena o Festival Em Cantos para Crianças, bem como o projeto Raízes Musicais, em cartaz no Teatro dos Bancários até dezembro de 2025 — uma iniciativa de formação de plateia e resistência cultural.

Sua trajetória é marcada pela defesa da música e da cultura da capital, atuando no Fórum de Cultura do DF, do qual é fundador. Também participou da fundação do Fórum Nacional da Música, que propõe a criação da Agência Nacional da Música.

ZÉ REGINO

Palhaço, diretor de teatro e circo, dramaturgo, ator, artista visual, cenógrafo, figurinista e arte-educador, Zé Regino é uma das figuras mais inventivas e queridas da cena artística de Brasília. Graduado pela Fundação Brasileira de Teatro e mestre em Arte pela Universidade de Brasília (UnB), apresentou a dissertação “A Dramaturgia de uma Atuação Cômica: O Desempenho do Ator na Construção do Riso”. É também formado em Yoga do Riso, certificado pela Laughter Yoga International University.

Fundador do Grupo de Teatro Celeiro das Antas, que mantém um repertório ativo com quatro espetáculos, Zé Regino já foi professor de Direção Teatral na UnB, na Faculdade Dulcina de Moraes e no IESB — mas trocou as salas de aula pela liberdade da criação independente. Seus trabalhos circularam por festivais no Brasil e em países como Espanha, Estados Unidos, Portugal, Itália, Alemanha e Malta. Em Berlim, atuou a convite da companhia Working Party.

Sua trajetória é profundamente marcada pelas influências da cultura popular — como o bumba meu boi, o reisado, a festa do divino e o mamulengo —, além do teatro de rua, do teatro de bonecos e do movimento de teatro amador. Com o tempo, tornou-se pesquisador da linguagem cômica, com especial interesse pelo humor físico e pelo teatro voltado para bebês.

Mineiro de Corinto e apaixonado por Brasília, Zé Regino é um artista de espírito livre, militante do movimento LGBTQIA+ e comunista “desde criancinha”, como gosta de dizer. Sua arte, carregada de humor, afeto e crítica, é também uma celebração da vida, da diversidade e da resistência.

Festival

Em 2025, o Festival Taguá de Cinema chega à 18ª edição.

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