O curta-metragem Meu amigo Nietzsche é dono de uma trajetória muito bem-sucedida, tendo arrecadado prêmios no Brasil e no exterior. Dirigido por Fáuson da Silva, o filme também foi o grande vencedor do Festival Taguatinga de Cinema, ficando em primeiro lugar no voto do público. Na entrevista a seguir, Fáuston comenta sua passagem pelo festival.
* O diretor Fáuston da Silva e o ator Andrade Júnior durante a entrega do troféu. Crédito da foto: Paula Carrubba
O que significou participar do festival?
O Festival Taguatinga de Cinema deste ano foi impressionante. O cinema sempre foi metaforicamente associado à janelas através das quais podemos ver recortes do mundo. No Festival de Taguatinga desse ano todos nós fomos brindados com uma fantástica diversidade ao vermos filmes de todas as regiões de nosso continental país. Isso para mim é sempre muito pedagógico, pois me interessa tentar enxergar os significados do povo brasileiro.
Esperava ser premiado?
Qualquer realizador que trabalha com empenho, amor e dor para viabilizar seus filmes sempre sofre com a fábula da coruja ao acreditar cegamente que seus filhos são os mais bonitos. Mas o mundo dos festivais é tão imprevisível…
Como você enxerga o Festival de Taguatinga de Cinema dentro do contexto nacional de festivais de cinema? Por que?
O Festival Taguatinga de Cinema está fora do eixo central de Brasília e deslocado para perto de Ceilândia, Samambaia, Águas Claras, Gama, etc. Isso significa mais acesso e significa mais diversidade. Em termos de Brasil ele (o Festival) está deslocado do Sudeste, que ainda concentra o audiovisual brasileiro, e por isso pode trazer um cinema que, de fato, tenha a identidade do povo brasileiro descrita, partindo de pontos diversos ao invés de um centro como o Rio ou São Paulo.
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