Confira a seguir uma entrevista com o músico Vavá Afiouni, baixista da banda Passo Largo. O grupo de rock instrumental, recente destaque na cena musical do Distrito Federal, será uma das atrações da festa de encerramento do Festival Taguatinga de Cinema, em 26 de abril.
O Passo Largo será uma das atrações da festa de encerramento do festival. Já tocaram alguma vez em um evento de cinema? O que estão preparando para a ocasião?
Tocamos na abertura do 2º Festival Curtas Brasília, no Cine Brasília, em novembro do ano passado. Em 2012, tocamos no tradicional Festival Internacional de Cinema, por um projeto particular do Passo Largo chamado (In)vasões, quando chegávamos de surpresa, com todo o equipamento e atacávamos de repente, na ocasião “invadimos” o Teatro Nacional, foi bem legal. Uma coisa bem legal é que tanto no festival de curtas quanto no presente Festival de Taguá, a trilha da vinheta é de autoria do Passo Largo. Pra gente é muito legal estar associado a outras linguagens artísticas e tão bem representadas. Pra esse show, estamos preparando umas versões de trilhas marcantes, algumas músicas do nosso primeiro disco e outras do disco que está em andamento, tudo bem pra frente com grooves alucinados.
E por falar em cinema, as trilhas sonoras de filmes influenciam a música de vocês de alguma forma? Como? Quem são os seus “trilheiros” favoritos?
Com certeza, o cinema é algo muito grandioso para passar desapercebido. Vários momentos e contextos ao longo da vida são marcados por filmes e suas músicas. Gostamos de muita gente, no entanto, teve um cara, o Goran Bregović, que se apresentou em Brasília há um tempo e se mostrou simplesmente incrível, o show parecia um filme do Kusturica.
Vavá, você já compôs para cinema, certo? Para quais filmes? Como você encara a produção de música para cinema? Em que sentido a música para filmes é pensada de forma diferente de uma composição para ser tocada ao vivo ou registrada em disco?
Gravei algumas músicas para o filme Procura-se, de Iberê Carvalho, para um curta de animação de Fernando Gutierrez, Deveras Neios, compus e fiz direção musical para teatro também, peças de Joselito e Ricardo Guti, além de trilhas publicitárias e documentários. Acho que a trilha sonora para cinema coloca a música num novo plano, o músico criador precisa olhar para a cena, entendê-la e transpor as informações entre as linguagens, acho que isso abre os poros da sensibilidade artística, é um desafio, a música vai além do que você quer dizer, é um lugar onde ela não fala só, ela complementa, tem que saber se encaixar e enaltecer o conjunto da obra.
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