A 11º Festival Taguatinga de Cinema premiou seis filmes na categoria Menção Honrosa. Pela plasticidade instituída a partir da linguagem cinematográfica numa narrativa poética e documental sobre um fazer artesanal e pela importância da tradição social e cultural de uma região, a organização do festival concedeu Menção Honrosa ao filme Mamucaba, do Rio Grande do Norte, direção de Anderson Legal. (* crédito da foto: Paula Carrubba)
Confira uma entrevista com o diretor Anderson Legal:
O que significou participar do festival?
Participar presencialmente da 11ª edição do Festival Taguatinga de Cinema foi de uma vivência singular e super relevante na minha trajetória enquanto curtametragista. Não me canso de evidenciar a postura do festival em viabilizar a ida e estadia dos realizadores selecionados para compor as mostras. O convívio intenso e a troca de experiências com os demais realizadores de todo Brasil foi sem dúvida o principal legado do festival.
Esperava ser premiado?
Quando se é selecionado, em meio a tantos filmes, das mais variadas linguagens e estéticas para um festival dessa natureza, tendemos a já nos sentirmos premiados. De qualquer forma, não procuro gerar muitas expectativas em receber prêmios. Estar lá sempre foi meu principal objetivo. Lógico que ficamos, lá no íntimo, com uma inquietude pulsante. Mas não por prêmios e sim em perceber como nosso filme reage nas pessoas. Quando vem um agraciamento, como o que recebemos em Taguatinga,
é só alegria! Uma coroação, uma expressiva noção do êxito da nossa obra. É de uma satisfação motivadora. Só me resta agradecer ao festival pelo destaque concedido e com isso me sinto no dever de produzir cada vez mais.
Como você enxerga o Festival de Taguatinga de Cinema dentro do contexto nacional de festivais de cinema?
O Festival Taguatinga de Cinema se mostra mais sensível e por isso diferenciado em relação aos demais festivais que fomentam o cinema independente brasileiro. A grande maioria dos filmes que estavam lá esse ano eram filmes feitos de forma totalmente independente, sem recursos financeiros, sem grandes apoios. No nosso caso, o Mamucaba foi feito sem dinheiro. No amor! E foi com amor que o Festival
de Taguatinga nos recebeu. Me identifiquei muito com as pessoas que fazem o festival. Pra mim, o melhor festival que já participei. Já estou trabalhando em novos projetos que pretendo lançar em Taguatinga no próximo ano. Trata-se de um festival que nunca mais quero deixar de estar presente.
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