Entrevistas com participantes da Mostra Competitiva (parte 1)

Solicitamos aos realizadores participantes da mostra competitiva que respondessem uma pequena entrevista comentando seus filmes e a participação no Festival Taguatinga de Cinema. As respostas que recebemos (a maioria por escrito e algumas em vídeos) seguem abaixo. Hoje publicaremos as entrevistas referentes aos filmes que serão exibidos no festival nos dias 23 e 24 de abril. Confira amanhã as entrevistas referentes aos curtas dos dias 25 e 26 de abril.

PARTICIPANTES COM FILMES NA MOSTRA COMPETITIVA EM 23 DE ABRIL:

Sylara Silvério e Amaro B. Neto, diretores de Homem de bem (http://festivaltaguatinga.com.br/festivalTagua/11/assista/vote/filme/24)

Sylara_Silvério Amaro B. Neto

Como vocês apresentam o curta-metragem?
Resposta em vídeo: http://vimeo.com/91654977
O curta-metragem conta a trajetória de um cidadão afim de levantar-se contra as mazelas do seu cotidiano. O vídeo quebra o estereótipo de manifestante construído por parte da sociedade através da mídia, que desde o inícios das manifestações tentava ao máximo não cobrir com clareza os protestos e influenciar na construção do senso comum a respeito da índole dos manifestantes. Quase sem diálogo, o vídeo se utiliza de recursos sonoros para fazer com que o expectador se envolva com a narrativa e tire suas próprias conclusões através das ações do personagem.

O tema do Festival Taguatinga de Cinema deste ano é “cultura da paz“. Como você acha que o seu curta dialoga com esse tema?
A relação do Homem de bem com a paz está ancorada na máxima de que a paz é um dom ou estado de espírito conquistado. Banalizar a paz tornando todas as outras necessidades básicas irrisórias, cria-se um estado de apatia e não o verdadeiro estado de espírito almejado, a paz.

O curta já participou de outros festivais? Já foi premiado?
Esse é o primeiro festival no qual ele participa.

O que significa participar do Festival Taguatinga de Cinema?
É uma grande oportunidade para nós podermos participar do Festival Taguatinga de Cinema, pois o que era apenas um trabalho acadêmico agora toma outras proporções, colaborando, inclusive, para a divulgação das produções audiovisuais potiguares. Cada vez mais, em nosso estado, estamos realizando vídeos, curtas, filmes de grande calibre, e ter a experiência de participar de um festival nacional e fazer com que os olhos se voltem além do eixo Rio-São Paulo é muito positivo.

Flávio Carnielli, diretor de Roberto no país dos justos (http://festivaltaguatinga.com.br/festivalTagua/11/assista/vote/filme/203)

Flávio_Carnielli_1
Como você apresenta o seu curta-metragem?
O Roberto é um curta sobre as verdades que todos nós preferimos ignorar. No final, acabou se tornando também um curta sobre como ninguém tem interesse em ouvir o outro, mesmo quando esse outro tem uma mensagem super legal e afetuosa. Poxa, “tudo que é meu, vou dividir com você”! O cara é puro amor e mesmo assim, nada!

O tema do Festival Taguatinga de Cinema deste ano é “cultura da paz“. Como você acha que o seu curta dialoga com esse tema?
O Roberto é a expressão da contracultura contemporânea! Ele quer espalhar a paz de espírito através das suas mensagens, mesmo que às vezes elas sejam doloridas. Existem Robertos de verdade no mundo e eles são considerados “louquinhos”. Louco é aquele sujeito que trabalha das oito às cinco e volta todo dia pra casa achando que a mulher dele tá com outro (e normalmente tá, né?).

O curta já participou de outros festivais? Já foi premiado?
Participou de um em Cosmópolis-SP e ficou com um troféuzinho de 3º lugar. Tenho orgulho, mas acho que sempre merecemos o melhor.

Para você, o que significa participar do Festival Taguatinga de Cinema?
Significa trocar experiências com outros realizadores “cowboys” como eu e também ter o extremo prazer de viajar graças à qualidade e aceitação do meu trabalho.

Fáuston da Silva, diretor de Meu amigo Nietzsche (http://festivaltaguatinga.com.br/festivalTagua/11/assista/vote/filme/281)

Fáuston da Silva

Como você apresenta o seu curta-metragem?
É um filme sobre analfabetismo funcional e possibilidade de superação mesmo diante de todas as impossibilidades.

O tema do Festival Taguatinga de Cinema deste ano é “cultura da paz“. Como você acha que o seu curta dialoga com esse tema?
Dialoga perfeitamente com o festival, pois mesmo sendo um filme de periferia, se distancia totalmente do que se tem produzido no cinema nacional quando se aborda assunto, onde a ênfase costuma ser dada à violência. No caso do meu filme, falo de outras temáticas, falo de possibilidades, de sonhos, de esperança e de superação. Tudo isso também faz parte da periferia e está diretamente relacionado à temática da paz.

O seu curta já participou de outros festivais? Comente a trajetória dele.
O filme ganhou quatro prêmios no Festival de Brasília. Ganhou também vários prêmios internacionais. Os mais recentes foram dois prêmios no Festival de Clermont Ferrand, que é um dos mais importantes do mundo. Fico feliz que as pessoas estejam valorizando a temática do filme e fico mais feliz ainda em levar o nosso cinema, a nossa cidade, a nossa história para outros países.

Para você, o que significa participar do Festival Taguatinga de Cinema?
Para mim é um festival muito importante, pois assim como o meu cinema, está fora do eixo do que se entende ser Brasília. É um festival agregador, que deixa a cidade de Taguatinga em foco no cenário nacional. Além disso, há também uma valorização do público, que tem a oportunidade de ver excelentes filmes sem ter que se deslocar para o Plano Piloto. Fico feliz em fazer parte da história do Festival de Taguatinga.

Nathália Dielú, diretora do filme Somos todos (http://festivaltaguatinga.com.br/festivalTagua/11/assista/vote/filme/93).

Nathália_Dielú
O tema do Festival Taguatinga de Cinema deste ano é “cultura da paz“. Como você acha que o seu curta dialoga com esse tema?
Somos todos é um grito, um desabafo pela violenta desocupação da Comunidade do Pinheirinho, em São José dos Campos. Ao decidirmos sair do Recife e produzir o documentário, o nosso desejo era ajudar aquelas pessoas que não tiveram os seus direitos respeitados, em nome de dias melhoras, de uma cultura de paz que deve ser uma busca constante.

O curta já participou de outros festivais? Já foi premiado?
Sim. Somos todos participou de outros três festivais. O primeiro foi o Visões Periféricas, no Rio de Janeiro. Lá, o documentário recebeu duas premiações: Na categoria Fronteiras Imaginárias e do júri do Porta Curtas. Participou também do Sercine, em Sergipe, e do Festcine, no Recife. Neste último, recebeu Menção Honrosa.

Para você, o que significa participar do Festival Taguatinga de Cinema?
Participar deste festival é muito simbólico para mim e para a co-diretora Bruna Monteiro. Por ser mais um meio de ecoar o Massacre do Pinheirinho para mais pessoas, por contribuir, de alguma forma, com os personagens desse caso, discutindo uma cultura de paz que deve nos acompanhar nos olhares e ações cotidianos. E dentre muitas outras coisas que eu poderia citar, por ser no Distrito Federal, um lugar emblemático, quando o assunto é justiça e não esquecimento.

Alison Zago, diretor de Preto ou branco! (http://festivaltaguatinga.com.br/festivalTagua/11/assista/vote/filme/51)

Alison_Zago_2
Como você apresenta o seu curta-metragem?
O curta Preto ou branco! acompanha as decisões do jornalista Eduardo Pena num período infeliz da nossa história: a ditadura civil-militar brasileira. O filme provoca o espectador a pensar sobre a ditadura e os terrores daquele período, através do diálogo com alguns gêneros do cinema, trabalhando o suspense e a tensão inerentes aquele período.

O tema do Festival Taguatinga de Cinema deste ano é “cultura da paz“. Como você acha que o seu curta dialoga com esse tema?
Acredito que o cinema tem uma fundamental importância para o questionamento da sociedade em que vivemos. Como já dito, o curta Preto ou branco! é uma sugestão/provocação em relação a este período histórico, buscando suscitar dúvidas em relação à época, interessar o espectador sobre o período, já que encontramos, cotidianamente, resquícios daquele tempo, seja na educação, na política em si ou na segurança pública, interferindo diretamente em como lidamos com questões culturais relacionadas à violência e paz.

O curta já participou de outros festivais? Já foi premiado?
Sim, o filme já participou de alguns festivais e ganhou alguns prêmios, com destaque para o último, no 10º Prêmio FIESP/SESI de Cinema, que coincidentemente ocorreu na semana em se completam 50 anos do golpe civil-militar. Entre outros: 10º Prêmio SESI/Fiesp de Cinema (Melhor Filme de Curta-Metragem); 12º Chico Festival (Melhor Filme de Ficção – Júri e Melhor Filme de Ficção – Voto do Público); 8º Curta Ourinhos (Melhor Filme); 11º Curta Santos (Melhor Edição); 2º Festival de Cinema de Santa Rosa (Melhor Roteiro e Melhor Ator); 11º Fest Cine Amazônia (Melhor Linguagem); 29º Festival Internacional de Cinema de Guadalajara; 24º Festival Internacional de Curtas de São Paulo; 10º Festival de Cinema de Maringá e 6º Festival de Direitos Humanos – Entretodos.

Para você, o que significa participar do Festival Taguatinga de Cinema?
Poder exibir o meu curta no Festival Taguatinga de Cinema, um festival já consolidado que chega em sua 11º edição, é uma grande satisfação. Acredito que o ciclo de um filme começa a se completar quando a obra chega ao público, comunicando-se com ele, podendo suscitar questões ou gerar debate sobre qualquer assunto e, além disso, para os realizadores de curtas, os festivais de cinema são as principais janelas para a construção desse fundamental diálogo.

Alexandre Alencar, diretor de Os silenciados não mudam o mundo (http://festivaltaguatinga.com.br/festivalTagua/11/assista/vote/filme/261)

Alexandre_Alencar
Como você apresenta o seu curta-metragem?
Um documentário, poético e contundente. Que estimula a reflexão sobre as relações entre os adolescentes, a família e a educação.

O tema do Festival Taguatinga de Cinema deste ano é “cultura da paz“. Como você acha que o seu curta dialoga com esse tema?
O documentário Os silenciados não mudam o mundo tem como tema dominante a educação. Os pensamentos do educador Paulo Freire, contidos no curta, acredito ter total sintonia com o tema do festival.

O seu curta já participou de outros festivais (caso sim, quais)? Já foi premiado?
Cine-PE 2013. Prêmio ABD/APECI: Melhor Curta Pernambucano. Prêmio Josué de Castro: Melhor Documentário. SERCINE Festival de Sergipe 2013 – Prêmio do Júri Popular: Melhor Filme. FestCine Maringá 2013 – Prêmio do Júri Oficial: Melhor Curta Documentário. Festival de Curtas de Pernambuco 2013 – Prêmio do Júri Oficial: Melhor Documentário.

Para você, o que significa participar do Festival Taguatinga de Cinema?
Para mim, é uma honra. Acho que todo realizador quer que seu filme seja visto pelo maior número de pessoas possíveis, principalmente por plateias de festivais, que em sua grande maioria é formada por apaixonados por cinema.

PARTICIPANTES COM FILMES NA MOSTRA COMPETITIVA EM 24 DE ABRIL:

Isabela Veiga, diretora de A velha gulosa (http://festivaltaguatinga.com.br/festivalTagua/11/assista/vote/filme/56)

Isabela Veiga Diretora
Como você apresenta o seu curta-metragem?
A velha gulosa mostra a bonita relação entre Guilherme e sua avó, Milza. Em um dia chuvoso, ela resolve contar para o menino a historia de Ceiuci, uma velha gulosa que come todos os seres que encontra pela frente. Trata-se de um mito indígena brasileiro e o menino acaba aprendendo uma importante lição sobre a vida.

O tema do Festival Taguatinga de Cinema deste ano é “cultura da paz“. Como você acha que o seu curta dialoga com esse tema?
O tema “cultura da paz” dialoga com o filme, na minha opinião, quando se apresenta o mito da Velha Gulosa, onde um curumim faz uma chacota com Ceiuci e ela passa a persegui-lo. O personagem encontra ajuda em todos os animais que cruzam seu caminho e, assim, consegue despistar a velha. Mas quando vê seu reflexo, já está velho e cansado. Este mito nos traz a correria da vida moderna, onde entendemos que a paz está em nós mesmos e na relação que estabelecemos com o próximo.

O curta já participou de outros festivais? Já foi premiado?
Festivais em que o filme passou: Seleção oficial da Mostra de Cinema Infantil Cineminha na escola e na praça 2013 (Guarulhos – SP); Seleção oficial do ANGATU, frames, rascunho e pipoca (2013 – Goiânia); Seleção oficial do Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro – Curta Cinema 2013; Seleção oficial do ANIMA-SÃO, 3º Festival Internacional de Animação de São Gonçalo; Seleção oficial da 10a Mostra de Cinema Popular Brasileiro, Memória, Identidade e Pertencimento, Lumiar (RJ); Seleção oficial do 6º Festival Nacional de Curta-metragem Curta Taquary, em Taquaritinga do Norte – PE (Mostra Infantil); Seleção oficial do CurtaCarajás – 5o Festival de Cinema de Parauapebas (PA); Seleção oficial da 17a Mostra de Cinema de Tiradentes (MG); Seleção oficial da Mostra de Cinema Infantil Cineminha na escola e na praça 2014; Seleção oficial Festival de Jericoacoara – Cinema Digital (Jericoacoara – CE). Filme transmitido pela TV universitária UNIESP e pela TV UFG.

Para você, o que significa participar do Festival Taguatinga de Cinema?
Participar do Festival de Taguatinga significa um retorno às origens. Fiz minha graduação em Audiovisual na UnB e retornei para minha cidade natal, Goiânia, para fazer meu mestrado em Arte e Cultura Visual. A Velha Gulosa é o filme resultante desse mestrado e mostrá-lo no Distrito Federal, o local que me formou profissionalmente e do qual tenho tantas lembranças boas, é um grande orgulho.

Anderson Legal, diretor de Mamucaba (http://festivaltaguatinga.com.br/festivalTagua/11/assista/vote/filme/79)

Anderson_Legal
Como você apresenta o seu curta-metragem?
Resposta em vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=7bkXR6Kxn2s

O tema do Festival Taguatinga de Cinema deste ano é “cultura da paz“. Como você acha que o seu curta dialoga com esse tema?
O documentário Mamucaba dialoga de certa forma com o tema “Cultura da Paz” pelo fato do filme expressar uma rotina rudimentar inserida na alma do povo nordestino. O filme foi rodado no Rio Grande do Norte e na Paraíba, em cidades que são consideradas polos mundiais na produção de redes de dormir. O fato dessa gente estar comprometida verdadeiramente com essa representatividade, enxergo esse trabalho um reflexo de um louvável exercício cidadão. Onde há cidadania plena, tende-se a haver paz.

O curta já participou de outros festivais? Já foi premiado?
O Mamucaba foi lançado em novembro de 2013, teve sua estreia na Mostra de Cinema de Gostoso, em São Miguel do Gostoso/ RN. Lá, fomos agraciados com uma Menção Honrosa. Ainda em novembro, participamos da Mostra Competitiva Estadual do VII Goiamum Audiovisual, em Natal/ RN. Consideramos a nossa participação no 11º
Festival Taguatinga de Cinema a estreia nacional do Mamucaba. Estamos muito entusiasmados e ansiosos para vivenciarmos o festival.

Para você, o que significa participar do Festival Taguatinga de Cinema? Por que?
Como me referi anteriormente, participar do festival nos envaidece bastante. Em meio a 400 filmes inscritos, sermos selecionados pelo júri técnico aguça a nossa autoestima e nos motiva a produzirmos ainda mais. Estamos muito felizes com o que o Mamucaba vem conquistando.

João Guilherme de Carvalho, diretor de Martinha do Coco sua história na cultura popular (http://festivaltaguatinga.com.br/festivalTagua/11/assista/vote/filme/458)

João_Guilherme
Como você apresenta o curta-metragem?
Um pequeno registro sobre a história de uma grande artista que temos aqui em Brasília: Martinha do Coco.

O tema do Festival Taguatinga de Cinema deste ano é “cultura da paz“. Como você acha que o seu curta dialoga com esse tema?
Martinha trabalha pela cultura popular, um resgate fundamental pra todos. Através dessa iniciativa é possível trabalhar a cultura de paz. A cena artística ajuda e valoriza as pessoas da comunidade. Acredito que algumas oportunidades são criadas.

O curta já participou de outros festivais? Já foi premiado?
Não participamos de nenhum festival.

Para você, o que significa participar do Festival Taguatinga de Cinema?
É bacana estar nesse festival, existem filmes excelentes por aqui. Mas o destaque mesmo é falar um pouco de Martinha do Coco. Essa visibilidade é muito positiva com certeza.

Iulik Lomba de Farias, diretor de O veneno da piraúna (http://festivaltaguatinga.com.br/festivalTagua/11/assista/vote/filme/294)

Iulik
Em poucas palavras, como você apresenta o seu curta-metragem?
O curta se trata de uma experimentação de linguagem pautada na não existência de fronteira simbólica entre as estéticas ficcionais e documentais, transitando entre a encenação dramática teatral e a dramaturgia natural documentária. Além de trazer citações estilísticas a cineastas modernos brasileiros, como Glauber Rocha, Júlio Bressane e Nelson Pereira dos Santos, a quem o filme é dedicado. O trabalho não caracteriza-se por uma narrativa estritamente enrijecida nos modelos clássicos narrativos por ser delineado em todo sua estrutura no encadeamento poético das imagens, um filme para ser visto, ouvido e sentido, mais do que inteligido.

O tema do Festival Taguatinga de Cinema deste ano é “cultura da paz“. Como você acha que o seu curta dialoga com esse tema?
O personagem principal do curta, protagonizado pelo cineasta Sérgio Santeiro, mesmo empunhado uma espada, representa o herói figurativo, aquele que diariamente vence batalhas para assegurar sua própria sobrevivência, livre de ações violentas ou repugnáveis, sua força ou voracidade está implícita e intrínseca à sua postura dramática de grandiloquência, e suas transformações sucessivas e repentinas durante a trajetória do personagem.

O seu curta já participou de outros festivais? Já foi premiado?
Sim: Semana Cinema Defumado UFF, Mostra UFFilme e Café e Arte RJ. Ainda não foi premiado.

Para você, o que significa participar do Festival Taguatinga de Cinema?
Para mim é de grande importância a participação, principalmente por poder levar ao público de outro estado um pouco de meu trabalho como cineasta/autor. Sem mencionar o fato de que o mecanismo de seleção dos curtas via internet dialoga diretamente com minha concepção de cinema participativo, colaborativo e democratizado. Dessa forma vejo muitas similaridades entre a proposta do festival e meus princípios ideológicos e criativos.

Karen Pompeo e Rawi Santos, diretores de Melhor idade é o caralho (http://festivaltaguatinga.com.br/festivalTagua/11/assista/vote/filme/106)

EQUIPE_TERCEIRA_IDADE_É_O_CARALHO_2
Como vocês apresentam o curta-metragem?
Nosso curta é o choque entre o idoso, a cultura do jovem da internet e o termo culturalmente aceito “melhor idade”.

O tema do Festival Taguatinga de Cinema deste ano é “cultura da paz“. Como você acha que o seu curta dialoga com esse tema?
Com o intuito de uma cultura de paz muitas vezes criam-se expressões hipócritas a favor de um falso melhor convívio social e “melhor idade” é um exemplo disso.

O curta já participou de outros festivais? Já foi premiado?
Começamos a colocar nosso curta em festivais agora. Este foi o primeiro a sair o resultado e ficamos muito felizes por já termos sido selecionados.

Para você, o que significa participar do Festival Taguatinga de Cinema?
É muito significativo termos nosso curta selecionado pela primeira vez pelo Festival Taguatinga de Cinema, por ser um festival reconhecido no Brasil. Além de sermos reconhecidos pelo trabalho que fizemos.

Débora Guimarães, diretora de Atenciosamente, Lo turco (http://festivaltaguatinga.com.br/festivalTagua/11/assista/vote/filme/447)

DEBORA_GUIMARAES
Como você apresenta o seu curta-metragem?
Atenciosamente, Lo Turco conta a história de um violino fabricado em 1942 pelo luthier Vincenzo Lo Turco. Em poucas palavras, é um filme que fala de memória e legado, sobre como um objeto pode se tornar um poderoso ponto de ligação entre as pessoas que o cercam.
O tema do Festival Taguatinga de Cinema deste ano é “cultura da paz“. Como você acha que o seu curta dialoga com esse tema?
Neste curta procurei trabalhar com a ideia do cuidado, do afeto. É uma forma de resgatar relações cada vez mais raras, como o tempo específico da comunicação através de cartas, a preocupação com a preservação de um instrumento e dos laços de amizade.

O curta já participou de outros festivais? Já foi premiado?
Já foi exibido em alguns festivais nacionais: Festival Cinesul (RJ), Femina (Festival Internacional de Cinema Feminino – RJ), Mostra do Filme Livre (RJ), Festival Taquary (PE), Festival Guarnicê de Cinema (MA), entre outros. Ainda não foi premiado.

Para você, o que significa participar do Festival Taguatinga de Cinema?
É um prazer imenso poder exibir o filme em mais um Estado. Em um país tão diverso, é muito interessante rodar com o curta em diferentes regiões e poder observar como ele é recebido em cada lugar. E, o mais importante, é ver o cinema independente sendo divulgado, ganhando espaços de exibição e circulação.

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