Participar do Festival Taguatinga de Cinema proporciona para diretores e equipe uma vivência especial, tanto pessoal quanto profissionalmente – além, é claro, da possibilidade de divulgar seus filmes para um número expressivo de pessoas. Na edição de 2012, Fabrício Cezar, diretor de Pássaro preso, e Ramon Navarro, de Perfídia, foram contemplados pela escolha do público. Nos depoimentos a seguir, eles comentam sua passagem pelo Festival Taguatinga de Cinema.
Fabrício Cezar:
Fui apresentado ao Festival Taguatinga de Cinema por amigos que trabalham no Canal E, produtora da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal cuja produção é voltada para temas ligados à educação e cultura. Ao tomarem conhecimento do meu curta, Pássaro preso, na época em fase final de produção na Polônia, eles entraram em contato comigo e sugeriram a inscrição do filme.
De inicio, não compreendi muito bem a proposta, mas ao ler sobre o festival e o tema abordado naquele ano, percebi que o conceito que utilizei nessa produção ia totalmente de encontro com o que estava sendo proposto pela organização. O filme é uma homenagem ao profeta Gentileza focando em convívio social, ecologia e humanização. Como estaria no Brasil na época do festival achei que seria interessante participar. Só não esperava que o filme fosse premiado.
Participar foi bem legal. Todas as intervenções propostas, os filmes interessantes e a atmosfera em prol do social fizeram com que o evento transbordasse um clima amistoso e agregador. Acabei fazendo algumas amizades que resultaram em parcerias em outros trabalhos que realizei quando estava em Brasília. Em um contexto geral, fiquei muito satisfeito.
A vitória deu ao meu curta um pouco mais de visibilidade. Apesar de ter sido apresentado no Brasil apenas neste festival, gerou curiosidade em outras mostras pela Europa.
Ramon Navarro:
Eu soube do festival através dos links de festivais de curtas-metragens. Eu estava na Republica Dominicana quando recebi a noticia de que Perfídia havia ganhado o premio no Festival de Taguatinga. Não pude comparecer à cerimonia de entrega do prêmio. Quando retornei ao Brasil, a atriz do filme, Renata Cardoso, foi até a minha casa levar o troféu.
Fiquei muito feliz e orgulhoso, pois não era simplesmente um troféu, eu havia sido premiado por um festival consagrado e respeitado, que valoriza a produção cinematográfica independente no Brasil.
Hoje este troféu está junto de outros prêmios, mas tem um valor maior, pois é um filme que foi gerado por uma equipe maravilhosa. A vitória de Perfídia é também uma vitória de todos os brasileiros, principalmente dos brasilienses, já que o filme foi feito em Brasília. Isto prova a qualidade do cinema brasileiro, mostra que ele tem enorme potencial e pode tratar de todos os assuntos, desde ditadura, polícia corrupta e literatura, até temas mais ácidos e polêmicos.
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