DIA DO CINEMA BRASILEIRO

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O Dia do Cinema brasileiro é, na verdade, uma data um tanto polêmica no nosso calendário comemorativo: há quem prefira celebrá-lo no dia 19 de junho, dia em que Afonso Segreto, primeiro cinegrafista e diretor do país, registrou as primeiras imagens em movimento do território brasileiro, no ano de 1898 – a gravação foi feita a bordo do navio francês Brésil, e mostra a entrada da Baía de Guanabara. Mas outros escolhem comemorar a produção cinematográfica brasileira no dia 5 de novembro, para relembrar o aniversário da primeira exibição pública de um filme por aqui, mais precisamente no Rio de Janeiro (mesmo esta data é controversa: há quem afirme que a primeira exibição aconteceu, de fato, no dia 8 de julho). Seja como for, é sempre bom prestigiar o cinema nacional, que a cada ano cresce em quantidade e qualidade de produções.

Em 1897, as imagens gravadas por Afonso Segreto na Baía de Guanabara foram as primeiras a ser exibidas na pioneira sala de cinema do país, o Salão de Novidades de Paris, aberto por Paschoal Segreto e José Roberto Cunha Salles na Rua do Ouvidor. Os documentários foram as primeiras produções brasileiras. Depois de 1912, começava uma embrionária produção nacional, com Os Três Irmãos e Na Primavera da Vida, do cineasta Humberto Mauro. Mas foi somente em 1929 que foi lançado o primeiro filme brasileiro totalmente sonorizado: Limite, filmado por Mário Peixoto.

Em 1930, o primeiro estúdio de cinema do Brasil foi instalado no Rio de Janeiro, por Adhemar Gonzaga. Chamado de Cinédia, o estúdio produzia comédias musicais e dramas populares. Em 1941, surgiu a Atlântida, famosa produtora das chanchadas que marcaram época, revelando cineastas como Carlos Manga. No fim da década de 40, foi a vez do estúdio Vera Cruz, que começou a produzir filmes no estilo de Hollywood. Em 1952, o filme O Cangaceiro, rodado por Lima Barreto, conseguiu entrar no circuito internacional e foi premiado no Festival de Cannes, no ano seguinte.

Atualmente, cerca de 15 milhões de brasileiros vão aos cinemas, anualmente, para assistir filmes nacionais; e muitos deles ultrapassam a marca de 1 milhão de espectadores. Existem mais salas de cinema, e uma aposta cada vez maior das distribuidoras no cinema brasileiro: em 2011, a média de salas que exibiram produções nacionais foi de 48; no ano seguinte, já saltou para 63. A arrecadação também aumenta: o salto de 2011 para 2012 foi de 12,13%, chegando a R$ 1,6 bilhão. Festivais nacionais incentivam a produção, inclusive dos filmes independentes, e o Brasil marca cada vez mais presença nos eventos e premiações internacionais.

 

Fonte: Clic RBS