José Mojica Marins, mais conhecido como Zé do Caixão, é uma figura mitológica viva da cultura brasileira. Aclamado como um ícone do cinema de horror, dirigiu sua primeira produção em curta-metragem, A mágica do mágico, em 1945. Desde lá, seguiu produzindo intensamente, somando mais de 40 filmes trash sob a sua direção e mais de 30 filmes em que participou como ator.
O sádico personagem Zé do Caixão, que consagrou a carreira, foi criado em 1963, baseado na figura de um pesadelo do cineasta, no qual um homem de preto o levava para uma cova. São mais de 55 anos de um personagem que faz parte do imaginário brasileiro e que estourou bilheterias pelo mundo.
Cineasta, ator e roteirista de cinema e televisão, Mojica nasceu em São Paulo, no ano de 1936. Passou uma boa parte da infância dentro de um cinema, onde o pai trabalhava como gerente. Prestigiado em circuitos nacionais e internacionais por sua fértil criação de filmes de terror, também produziu em outros gêneros, como faroestes, dramas, aventura e pornochanchada.
Mojica desenvolveu um estilo próprio de filmar, sendo considerado como um dos inspiradores do Cinema Marginal no Brasil. Entre seus principais filmes, estão: À meia-noite levarei sua alma (1964), O estranho mundo do Zé do Caixão (1968), Esta noite encarnarei no teu cadáver (1967) e A encarnação do Demônio (2008).
Quem pesquisar registros fotográficos da história de Taguatinga ou do cenário político e militante em Brasília com certeza vai chegar na imagens do fotojornalista Ivaldo Cavalcante. Também conhecido como Kabeça, Ivaldo é uma das emblemáticas figuras de Taguá. Cearense, de Crateús, chegou na cidade aos 4 anos de idade com a família, em pau de arara. Foi engraxate, vendedor de jornal… se virou como pode. Caminhante voraz dos movimentos underground das décadas de 70 e 80, ainda na juventude encontrou e se encantou com a fotografia, arte transformada na profissão que o levou a trabalhar para os principais jornais do DF.
Ivaldo ganhou vários prêmios nacionais e internacionais e fez exposições no Brasil e no exterior, nunca deixando Taguatinga como a cidade que escolheu para viver e realizar sonhos. Parte do seu acervo está registrado nos livros Taguatinga, duas décadas de cultura (2003) e Brasília – 25 anos de fotojornalismo (2011). Em 2014, seu curta O meu nome é Fábio recebeu menção honrosa no Festaguá. Desde 2002, cultiva e coordena a Galeria Olho de Águia e o Bar Faixa de Gaza, na Praça da CNF, um espaço de troca de ideias e experiências que acolhe exposições, mostras de filmes, feiras fotográficas, pocket shows e eventos como o Projeto Imagem Sem Fronteiras, apresentando exposições e debates com fotojornalistas internacionais.
MMarília Abreu é mulher de referência na cena artística de Samambaia e do Distrito Federal. É atriz, palhaça, gestora, produtora cultural, militante, professora, mãe e empreendedora social. Nascida e crescida no Plano Piloto, há anos escolheu Samambaia para viver, fazer arte e ser mãe. Lá, co-criou o Imaginário Cultural, espaço de florescimento e resistência. Em conjunto a outras dezenas de agentes culturais, participa ativamente das ações em prol da construção do Complexo Cultural de Samambaia e da produção mensal do Sarau Complexo. Recentemente, coordenou o Circuito Brasília Junina, um mega evento que inovou no âmbito de Competições de Quadrilhas Juninas.
Em meio a todas essas frentes, Marília Abreu ainda encontra tempo para atuar ao lado de sua filha, Maria Clara, na Cia Roupa de Ensaio, grupo que integra desde a época em que se mudou para Samambaia. Em 2018, lançou seu mais novo espetáculo, chamado Dona Dinha, inspirada nas mulheres do interior de Goiás – religiosas, benzedeiras, mães, avós e bisavós. Em 2017, atuou também no projeto de pesquisa A Chegada do Mamulengo no Reino do Cavalo Marinho, ao lado do Mamulengo Presepada e outros parceiros de arte e de vida.